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27 de out. de 2011

Design inova com a Fibra de Leite


Nascida em Leipzig, numa família tradicionalmente interessada pela moda, Anke Domaske abriu sua primeira grife aos 19 anos: Mademoiselle Chichi, abreviada MCC.
No entanto, isso não bastou para a jovem interessada pelas ciências. Ela decidiu investir num conhecimento sólido caso sua grife não desse certo, e graduou-se em Biologia.
A MCC foi alcançando cada vez mais êxito, vestindo até mesmo atrizes de Hollywood, como Mischa Barton. E ao concluir o curso de Biologia, em 2009, Domaske decidiu-se, enfim, pela moda.
A designer e microbióloga descobriu a fibra do leite como material para a confecção de tecidos para alérgicos. Mas a coisa só era possível usando química, com impacto direto para o meio ambiente. E assim a designer resolveu unir suas duas paixões – a moda e a biologia –, para fundar uma segunda empresa: a Qmilch.
Junto com seus seis colaboradores, Domaske entrou no laboratório e começou a experimentar. Antes dela, outros produtores de moda já haviam tentado fazer algo com a proteína láctea, mas as tentativas nunca resultaram num tecido que fosse, ao mesmo tempo, resistente e "ecologicamente correto".
E foi justamente a equipe tão desigual de Domaske a alcançar a façanha. Segundo ela, foi tudo uma questão de sorte, mas sobretudo de paciência. A equipe inventava uma receita e experimentava. É impermeável? Não rasga? Após centenas de experimentos, chegaram aos resultados desejados, e surgiu a fibra Qmilch.
 O resultado já está patenteado e é revolucionário. Embora se tente, há anos, inserir um pensamento ecológico no setor da moda, é difícil a implementação de procedimentos compatíveis com o meio ambiente no setor.
PRODUÇÃO
A fibra do leite é produzida com apenas dois litros de água. Além disso, a empresa Qmilch só usa restos da indústria de laticínio. Numa máquina grande são misturados restos da proteína láctea caseína, água e de outras substâncias naturais, como cera de abelha.
O equipamento funciona como um grande moedor de carne, com dois espirais dentro, onde a massa é aquecida até se tornar maleável e depois são fiadas. Obtém-se uma fibra mais fina do que um fio de cabelo . A fibra é então enviada para uma tecelagem e, por fim, para o fabricante de tecidos.
VANTAGENS
O alto grau de tolerância do tecido foi, de qualquer forma, uma das razões que levaram Domaske a desenvolver a fibra. Muitos amigos seus são alérgicos, não podendo nem usar uma simples camiseta sem apresentar reações alérgicas.
O mercado de tecidos para alérgicos é enorme. Cada vez mais gente reage ao número de produtos químicos encontrados por todos os lados no dia-a-dia: nas roupas, nas roupas de cama, nos assentos dos carros. O interesse dos setores afins em relação à fibra desenvolvida pela Qmilch foi proporcionalmente grande.


fonte: http://www.qmilk.eu/

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